Inicialmente devemos lembrar que o melhoramento genético, propriamente dito, somente ocorrerá a partir de métodos complexos, supervisionados por técnicos capacitados, havendo linhas maternas, paternas, seleção por características distintas, etc. Assim, um programa de melhoramento deve ser supervisionado por pessoal capacitado. Se objetiva apenas apresentar técnicas simples para a melhoria genética do plantel, não devendo ser confundido com um programa de melhoramento.
Os procedimentos relacionados à melhoria da genética do plantel são de grande importância para o produtor se bem praticados, pois com pequenas
ações de manejo pode-se alcançar grandes ganhos econômicos ao longo dos anos.
A melhoria genética de um plantel tem como objetivo otimizar características de importância econômica em um sistema de produção.
Tais características podem ser relativas à
sendo necessária uma avaliação criteriosa dos pontos a serem melhorados, levando-se em conta tanto os aspectos produtivos quanto a exigência do mercado.
É possível empregar técnicas que visem a melhoria genética do plantel.
Essas técnicas se referem aos
cruzamentos e seleção entre os próprios animais da granja ou aquisição de reprodutores que possuam as características desejadas.
A primeira etapa da seleção genética de reprodutores e matrizes deve ocorrer na fase de reprodução. Normalmente, as fêmeas escolhidas para permanecerem reproduzindo devem ser aquelas que:
- possuam os maiores índices de láparos nascidos vivos e desmamados;
- maior peso ao desmame e ao abate de seus filhotes;
- menor número de coberturas para se tornarem prenhes e, assim, um menor intervalo entre partos.
Os parâmetros que devem ser considerados para a eliminação de reprodutores e matrizes são:
- estado sanitário;
- produtividade;
- desperdício de ração;
- não aceitação ao macho durante cinco apresentações;
- três palpações negativas;
- alto intervalo entre partos;
- três partos seguidos onde houve desmama de menos de dez láparos;
- frieza sexual e;
- esterilidade.
É durante a fase de engorda que é feita a segunda seleção de reprodutores e matrizes para a reposição.
Esta deve ser baseada em
- aspectos sanitários,
- desenvolvimento físico e aprumos,
- (membros posteriores bem alinhados facilitam a cópula)
- bem como serem animais providos de ninhadas com alto peso de desmame e numerosas,
pois a partir desses dois últimos critérios, se está também selecionando indiretamente a habilidade materna da coelha.
Alguns autores preconizam a seleção genética por pontos da seguinte forma:
- um ponto por animal nascido vivo,
- um ponto por animal desmamado, e
- um ponto por quilo de peso vivo vendido.
Suponhamos que uma fêmea tenha parido nove láparos, sete foram desmamados e seis foram abatidos com peso médio de dois quilos. Esta fêmea adquiriu 28 pontos. O valor mínimo seria de 18 pontos, sendo que as fêmeas poderão seguir para a reprodução a partir de 25 pontos, assim são considerados animais selecionados.
Para se evitar a consanguinidade (mãe com filhos, pai com filhas, irmão com irmã, etc.) de um plantel, após um período de três anos é ideal que se renove o plantel de machos. Tal procedimento pode ser facilitado com a troca entre produtores ou utilizar
o sêmen de outros coelhos na
inseminação artificial.
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